Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é um sucesso. Henry Ford
Quando o expediente acaba e é hora de ir para casa, rola aquela vontade boa de encontrar o amado/a amada de dividir um pouco do que aconteceu durante o dia, certo? Certo para quem não esbarra com o companheiro na hora do cafezinho ou ainda daquela reunião geral. Para os casais que trabalham na mesma instituição, o desafio é conseguir separar os assuntos e papeis de cada um no trabalho e em casa.
Misturar amor com trabalho não é para todos, mas estas mulheres e homens têm tido sucesso na junção. Hoje o projeto “Inspire-se” começa com a história do casal Ivanildo Silva da Costa e Ana Paula Ribeiro.
Atualmente ele exerce a função de procurador-Geral Adjunto do Estado do Consultivo, mas há 15 anos atua na PGE. “Quando vim fazer concurso, sempre tive a certeza de que queria o serviço público, de estar por dentro, de entender e poder atuar na Advocacia Pública. Ao olhar o passado vejo o quanto sou grato e percebo que a gente consegue com nosso trabalho fazer o algo mais na administração pública. Trabalhei por muitos anos na pasta da Saúde, por exemplo, participando da elaboração de políticas públicas para a área e após todo os processos saber que parte do seu esforço, da vontade de mudança para a melhoria de entrega de serviços à população você participou é muito gratificante”.
O marajoara que saiu de casa, assim que terminou a faculdade, veio construir a vida em Mato Grosso do Sul, há mais de 2,2 mil quilômetros de suas origens. Mas antes, passou por São Paulo para se especializar e lá encontrou sua amada onde a convenceu a também prestar o mesmo concurso. “Nos conhecemos no cursinho e ela queria ser delegada…então, a convenci de vir comigo fazer o certame e para nossa alegria passamos juntos. Na época, ainda tive aprovação para delegado da Polícia Federal e Advogado da União”, lembra nostálgico do início de sua carreira e encantado ao citar a esposa.
Ele finaliza sua narrativa afirmando que está muito aquém do que imaginou um dia em sua vida. “Quando sai da Ilha de Marajó, minha ambição era trabalhar no serviço público. A vida me oportunizou em estar na atual função que exerço, muito realizado, trabalhando ao lado da minha esposa, e de estar em uma instituição em que considero uma família. A PGE é razoavelmente pequena, praticamente todos se conhecem…conseguimos construir amizades, e o acesso aos colegas procuradores é muito fácil, tentamos nos modernizar dentro do possível, sermos dinâmicos e estar prontos para os desafios que a carreira nos impõe”, assegura.
Já Ana Paula revela que ao finalizar a graduação, assim como a maioria dos jovens, tinha diversos ideais e queria colocá-los todos em prática. “Queria fazer a diferença e quando passei no concurso fiquei muito feliz porque a função que exerço, permite defender aquilo que eu acredito, o coletivo, a sociedade”, garante e complementa que: “ser procuradora do Estado é estar comprometida com a coletividade, com os cofres públicos, coibir abusos, defender o Estado tendo a ciência de que ele não é o provedor universal de tudo…”, conta.
Sobre trabalhar no mesmo local que o marido ela ressalta que nunca trabalharam juntos e nem tiveram alguma relação direta entre chefia e subordinado. “Isso já facilita bastante a convivência, mas não tem como vez ou outra conversarmos ou levarmos trabalho para casa. Trocamos ideias, opiniões mas evitamos ao máximo até porque se não paramos nossos filhos já nos cobram a atenção para eles”, revela entre risos tímidos um pouquinho da rotina do casal. Para ela, o segredo é manter o bom senso e o respeito como em todas as relações humanas.
Outro casal que atua na PGE é o formado pelos procuradores do Estado, Jaime Caldeira Jhunyor e Kemi Helena Bomor Maro. Ele conta que conheceu a PGE no período de estágio da faculdade. “Na época, me encantei com as atribuições do cargo e foi aí que decidi que era o que queria para a minha vida. O procurador Antônio de Souza Ramos Filho abriu as portas da PGE para mim e os procuradores Jucelino de Oliveira Rocha, Paulo César Branquinho e Maria Madalena Santos me incentivaram no estágio, sendo que o apoio deles foi decisivo para a minha vida profissional”, recorda o procurador da instituição há 16 anos.
Para Jaime “estar procurador é realização profissional, é satisfação pessoal. Como advogado público defendo, indiretamente, eu mesmo enquanto parte de uma sociedade e o Estado que é a representação da coletividade, do bem comum”, afirma.
Em relação ao encontro com a esposa, ele lembra que a conheceu em 2005 e só dois anos depois começaram o relacionamento. “Temos um amigo em comum, o procurador do Estado Marcos Costa Vianna Moog, e ele disse que uma amiga, no caso a Kemi, faria concurso, na época, para procurador do Estado de Santa Catarina e se eu não poderia emprestar alguns livros… De imediato, emprestei e, a partir daí, tudo foi se construindo até finalizar com o nosso casamento” conta ressaltando que eles nunca trabalharam juntos e para terem um relacionamento sadio evitam, ao máximo, falar sobre trabalho quando estão em casa. “Trocamos algumas ideias e posicionamentos, mas nosso combinado é não trazer trabalho para casa, para não desgastar a relação”, conclui.
Há 10 anos na função, a procuradora do Estado de Mato Grosso do Sul declara que sua história na PGE iniciou bem antes. “Frequento as instalações da PGE desde quando prestava serviço voluntário, só para ter a oportunidade de aprender… depois meu trabalho foi reconhecido e me tornei assessora de procurador. Sou muito grata aos procuradores Nélson Mendes Fontoura Júnior, Marcos Costa Vianna Moog, Fabíola Marquetti Sanches Rahim e Rafael Coldibelli Francisco, eles foram fundamentais na minha trajetória até conquistar a aprovação no concurso”, revela realizada com sua trajetória.
De acordo com ela, a carreira que exerce atualmente é relevante. “Na minha opinião, as atribuições que competem a um procurador do Estado são significativas para a sociedade. Poder reverter para a população em geral ações que contribuem em resguardar o erário público, em aplicações mais assertivas de políticas públicas entre tantas outras é extraordinário”, afirma.
A narrativa a seguir traz uma história de amor na qual a PGE foi o cenário de fundo, a de Pablo Henrique Garcete Schrader e de sua esposa Fernanda Schrader. O procurador do Estado compõe o quadro da categoria desde 2010, mas sua trajetória na instituição é mais longa: começou em 2004. “Era advogado público e minha primeira chefe na PGE foi, hoje minha colega de trabalho, a procuradora Itaneide Cabral Ramos. Que me incentivou bastante a prestar o concurso. Sonhava em ser juiz, mas conhecendo os afazeres de um procurador mudei meus planos e consegui a aprovação”, revela tomado pelas lembranças.
Sua atuação como procurador do Estado teve início no município de Naviraí até meados do segundo semestre de 2011. Em seguida, foi para Aquidauana e atuou no município por quatro anos. Então, no final de 2015 foi removido para a Capital sul-mato-grossense. Foi neste ano, que ele conheceu Fernanda que, na época, trabalhava como assessora de procurador. “A vi passando pelos corredores da PGE. Depois procurei saber quem era e, em pouco tempo estávamos namorando. Ela saiu da PGE em 2017 e, um ano depois, nos casamos. Atualmente se dedica aos estudos para concurso público na área do Direito”, comenta fazendo questão de recordar e registrar a importância profissional e pessoal que a PGE tem em sua vida.
De acordo com ele, tudo mudou em sua vida após optar pela função. “Procurador é a profissão que escolhi e graças a Deus consigo defender a sociedade, o Estado e que fique claro que, independente do governo que esteja a frente da gestão, nossa missão é dar todo o suporte legal necessário para o bem andamento dos trabalhos. Valeu muito a pena minha escolha. A responsabilidade é grande, volume de trabalho também, mas faria tudo de novo”, finaliza sua declaração.
“O melhor feedback que recebo sobre meu trabalho vem de casa. Do sorriso da minha família”. Thiago Eidt
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Foto capa: Pexels
Arte: Guido Brey