O tempo é o melhor autor; sempre encontra um final perfeito.
Charles Chaplin
Muitas vezes fazemos planos em nossas vidas e não realizá-los, a princípio, parece ser frustrante. Mas o tempo, companheiro incansável da existência humana tem formas de nos mostrar que o futuro pode ser extraordinário e muito mais desafiador do que imaginávamos… para alcançar esta compreensão é necessário sabedoria.
O projeto “Inspire-se” despede-se com as narrativas que mostram um pouquinho desta temática e reforça que, caso tenha se reconhecido em, pelo menos, uma das dezenas de histórias contadas desde o início deste mês de setembro seja você a inspiração DE ou PARA alguém também.
“Às vezes a gente idealiza um caminho mas vem a vida e nos proporciona uma nova trajetória, igualmente feliz… Eu sonhava ser procuradora da República, em razão de ter estagiado e trabalhado como servidora no Ministério Público Federal, local onde fiz grandes amigos e aprendi lições que até hoje moldam em muito a minha forma de agir, pelo exemplo das pessoas com quem convivi”, declara Ludmila dos Santos Russi que por alguns anos desejou trabalhar no local no qual idealizava.
Mas, seu futuro guardava outra surpresa… Enquanto não realizava seu sonho, o pai – professor e servidor público na Secretaria de Estado de Educação -, sugeria vez ou outra para que fizesse concurso para a PGE. “Ele sempre mencionava, na época, a procuradora do Estado Sandra Calligaris Baís, comentando sobre seu profissionalismo, sua ética e conhecimento. Então, resolvi fazer o certame, mas só passei na segunda tentativa e comecei a carreira em Ponta Porã. Em pouco tempo vim para Campo Grande e tive a honra de trabalhar ao lado dela… Tive a chance de lhe contar sobre a admiração profissional do meu pai por ela e, por tabela, pude perceber o quanto ele estava certo”, reconhece.
Ludmila recorda que nos primeiros anos da profissão ainda mantinha a intenção de continuar tentando a trajetória de procuradora da República. “Pelo menos, dois anos após minha aprovação na PGE, eu ainda continuei estudando, esperando a abertura do concurso para o MPF…, mas era muito complicado conciliar o ofício e os estudos. Aos poucos me envolvi na carreira na qual ingressei e hoje sou muito realizada. A partir do momento que percebi que também teria a possibilidade de ser uma agente transformadora da sociedade por meio da função que exerço tudo mudou para mim”, conta.
Em 15 anos de instituição, a procuradora do Estado que ainda atua como diretora da Escola Superior da Advocacia Pública, da PGE, há um pouco mais de 1,6 ano admite: “Vivo um dos melhores momentos profissionais, no qual também tenho a chance de potencializar algumas habilidades que estavam adormecidas… Tudo tem seu tempo, seu momento e por mais que façamos planos as surpresas da vida são imprevisíveis”, assegura.
Sobre a carreira ela reafirma: “Todas as funções no Estado, sem exceção, são importantes… a de procurador, a qual exerço, vejo que temos a possibilidade de contribuir com a concretização de programas e projetos, de políticas públicas, no controle interno da administração proporcionando as balizas necessárias para se atingir a eficiência dos atos administrativos”, ressalta acrescentando que “a PGE me trouxe desafios profissionais, que me instigaram a descobrir habilidades, aptidões e conhecimentos sobre os quais sempre serei grata. E foi nesta carreira, que eu também encontrei algumas das minhas amizades mais verdadeiras que carrego para a vida, pessoas que tenho a sorte de chamar de amigas”, finaliza.
Outra história que inicialmente causou um pouco de desapontamento profissional é a de Fabíola Marquetti Sanches Rahim. “Antes de entrar na faculdade tive dúvidas entre os cursos de Administração e Direito. Como sempre trabalhei desde os 11 anos de idade na empresa do meu pai achei que seria interessante seguir a área, mas como tenho o tio Carlos que é delegado da Polícia Federal e o considero um exemplo acabei escolhendo Direito para também ser uma delegada de polícia”, começa aos risos a contar suas lembranças.
Ela continua revelando: “Fiz o concurso e não passei para delegada, fiquei bastante chateada, mas continuei estudando. Fiz a Escola do Ministério Público e, em seguida, conquistei uma vaga para promotora de Justiça, no estado do Mato Grosso. Foi uma fase bem sensível e custosa da minha vida, longe da minha família em um local desconhecido e exercendo uma profissão na qual eu não me identificava tanto. Reconheço que tive um crescimento pessoal significativo, mas quando soube do concurso da PGE quis arriscar e conversei bastante com meu colega de faculdade e, agora, de carreira, o procurador do Estado Denis Cleiber Miyashiro Castilho sobre as atribuições da função e empolgada com seu depoimento, somada à vontade de voltar para casa, pedi minha exoneração…” declara.
Fabíola de novo teve outra decepção, não passou na primeira tentativa para a Procuradoria-Geral do Estado; todavia, conseguiu um estágio na instituição e trabalhou, na época, com os procuradores Judith Amaral Lageano e Jaime Caldeira Jhunyor. “A vivência com eles, o assessoramento em si, tudo aquilo foi me envolvendo e o fato de a PGE ter contato com todas as matérias, todas as esferas jurídicas, tribunais, atuando do início ao fim de um processo me chamou muito a atenção. Quando fiz o segundo concurso para a instituição, no qual obtive êxito, já tinha um olhar diferenciado daquela primeira tentativa e tudo foi mais leve”, relata generosamente sua trajetória.
Há 15 anos atua na carreira, sendo que os últimos 20 meses como procuradora-Geral do Estado. Fabíola é a primeira mulher, em 41 anos da instituição, a ocupar o maior cargo de gestão da PGE e conta com uma equipe de mais 89 procuradores e aproximadamente 230 servidores de diversas áreas para conduzir a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul. “Sempre acreditei que o tempo de Deus, não é o nosso. E hoje, anos depois, vejo o que ele guardava para mim. Nunca esteve nos meus planos me apaixonar da forma que sou pela Advocacia Pública e muito menos ter a oportunidade e a honra de fazer história no local pelo qual tenho tanto respeito e admiração… hoje vejo que tudo que passei era parte de um processo de construção para eu estar aqui”, conversa emocionada.
Ela finaliza sua fala pontuando que: “Como profissional sinto que faço parte do processo, no sentido de construção, de prestação de serviço à sociedade; das entregas que são responsabilidades do Estado e me sinto muito útil e satisfeita porque para mim ter essa possibilidade é gratificante, principalmente, quando vejo nosso trabalho impactando a vida do cidadão. No quesito pessoal, como mulher, esposa, mãe, filha, sou extremamente realizada. Amo o que faço, sou feliz e sempre digo aos meus filhos quando perguntam por que trabalho tanto… respondo porque tenho compromisso com meu trabalho, amor pelo que faço, porque essa dedicação vem de um senso de responsabilidade no qual me tornou o que sou hoje”, conclui.
“Para se descobrir novas terras, deve-se estar disposto a perder a terra de vista por um longo tempo.” André Gide
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Foto capa: Wallhere
Arte: Guido Brey