“Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele.” Buda
Hoje, com as histórias do projeto “Inspire-se”, você vai conhecer pessoas que decidiram a carreira de procurador do Estado por afinidade, por vocação, por reconhecerem preceitos da Advocacia Pública que refletem nos propósitos que acreditam. Mesmo porque, o trabalho é uma atividade por meio da qual o ser humano produz sua própria existência.
Porém, mais do que fornecer o sustento, o trabalho tem uma grande importância na vida de um indivíduo.Tem a ver com outras questões que vão muito além como, por exemplo, o pertencimento, a participação, o sentimento de ser útil e de contribuir com uma causa maior.
É o caso da nossa primeira narrativa: a de Wagner Moreira Garcia. Há 12 anos atuando como procurador do Estado, ele conta que sempre teve uma predisposição para a advocacia. “Sempre gostei de advogar, toda a minha formação profissional antes de assumir a PGM, em Manaus, e depois a PGE de MS foi na advocacia privada, mas uma vez tendo contato com a advocacia pública e a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento do Estado e participar diretamente para a transformação da sociedade, é fantástico, não há volta. Além do que a estabilidade que a carreira proporciona é muito atrativa. Tive professores que me inspiraram por serem procuradores do Estado e a junção de tudo isso, fez a diferença para mim”, afirma.
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Wagner e a esposa Ana Paula.
Foto: Arquivo pessoal
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Em tempos de pandemia, família protegida.
Foto: Arquivo pessoal
Conforme disse Wagner, antes de exercer as atividades em Mato Grosso do Sul ele trabalhou como procurador do município de Manaus, no Amazonas. Tendo a experiência pública – municipal e estadual – revela seu ponto de vista sobre a carreira. “Eu penso que poder fazer parte do maior escritório de advocacia de um Estado é uma realização sem precedente. É um trabalho difícil, às vezes, pouco compreendido, mas também é muito desafiador e gratificante”, finaliza.
Outra história de disposição em defesa do que é público é de Shandor Torok Moreira. De personalidade marcante ele é claro: “Nunca tive vocação para ser juiz ou promotor. Os desafios do advogado público estão diretamente ligados ao compromisso com a defesa da democracia, com a qualidade do serviço público entregue à população e com a racionalidade econômica dos atos públicos” declara.
Registro da família de Shandor. Foto: Arquivo pessoal
Para ele, a profissão que decidiu exercer é delicada. “Ser procurador do Estado atualmente é estar na rota de colisão entre o amadorismo e a eficiência administrativa e entre o voluntarismo e a legitimidade democrática do gestor eleito”, relata refletindo sobre sua carreira.
Procurador do Estado há 13 anos, o carioca finaliza garantindo que tenta ver as coisas boas da vida. “Tento ver a vida de maneira positiva. É claro que sinto falta da praia, do Flamengo no Maracanã, da vida cultural, de ambiente menos conservador, mas Mato Grosso do Sul me proporciona bens que não encontraria com facilidade em outro lugar. Qualidade de vida para minha família, trabalho livre de ingerências indevidas, araras voando, ipês florescendo entre outros pontos que me fazem feliz”, afirma.
Hoje também conheceremos um recorte da história de Fabio Jun Capucho. Há 15 anos na PGE, o procurador do Estado é um apaixonado pela Advocacia Pública. “Sempre quis advogar porque poder defender o direito de alguém, uma determinada posição, me inspira bastante. Ao pensar em uma carreira pública, percebi que mais me adequava à Advocacia Pública. Ela abre muitas oportunidades de atuação, existem muitas matérias distintas e saber que tenho a responsabilidade de poder interferir, de certa forma, para a concretização de políticas públicas é encantador”, comenta entusiasmado com a conversa.
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Fabio Jun (esq.) junto de colegas procuradores.
Foto: Divulgação
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Em dia de festa com a família.
Foto: Arquivo pessoal
“Seguir a carreira de procurador do Estado foi onde me encontrei, mas tive vários professores que eram excelentes procuradores e que também me inspiraram muito. É um desafio diário defender algo melhor para a sociedade”, conta e completa sua fala “sou paulista, cresci em Mogi das Cruzes e, junto a minha esposa Beatriz, decidimos arriscar uma nova trajetória para nossas vidas. Aqui conseguimos alcançar nossos objetivos, Mato Grosso do Sul nos acolheu. Eu me tornei procurador e ela juíza do Trabalho. Nossa família e nossas conquistas devemos ao nosso esforço, mas também a este Estado, à qualidade de vida que nos oferece e a tantos sonhos já realizados”, finaliza feliz em ter a oportunidade de reviver sua história.
Um clique especial de Rafael. Foto: Arquivo pessoal
Chegou a vez do pernambucano Rafael Henrique Silva Brasil. O procurador do Estado conta que sua inspiração vem da época de faculdade, por identidade. “Tive muitos professores que também eram procuradores em Recife e essa proximidade me inspirou bastante. A forma como era desenvolvido o trabalho deles, me aproximei e gostei do que vi e vivi e percebi o quanto tinha afinidade com a matéria”, relata.
Ele lembra que para chegar até a atual profissão batalhou muito e mesmo longe de casa valeu a pena. “Antes de me tornar procurador fiz vários concursos, trabalhei como advogado público, bancário, entre outros, mas nunca me via completamente realizado em outra carreira a não ser a de procurador do Estado que era meu principal objetivo, independente onde conseguisse a aprovação”, confessa.
Com um sotaque único, Rafael diz que ser procurador é uma realização, portanto, ajuda a amenizar junto com o tempo, a saudade que sente de suas origens. “A carreira é surpreendente, desafiadora, é muito gostoso trabalhar com o que você gosta. Lidar diretamente com aquilo que exige conhecimento jurídico, aprofundamento de matéria, prazos, não ter rotina…sou apaixonado pela carreira. A saudade? Ah, ela existe. É constante, mas com as ferramentas tecnológicas disponíveis hoje em dia elas ajudam a amenizar e… sempre quando é possível, uma viagem de volta para casa é recompensador”, encerra. O procurador está a aproximadamente 2,5 mil quilômetros de distância da família há cinco anos.
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No dia da formatura com as irmãs.
Foto: Arquivo pessoal
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Ato da assinatura de posse.
Foto: Arquivo pessoal
Na última narrativa de hoje vamos conhecer um pouco de Marcela Gaspar Pedrazzoli. Ela não teve dúvidas ao decidir pela carreira. “Eu queria muito. Tinha familiaridade com o Direito Público, o que, por si só, já me despertava atração. Pensar que teria a possibilidade de auxiliar na orientação jurídica de gestores públicos, na defesa judicial de políticas públicas e no desenvolvimento da consensualidade na Administração eram fatores que me fascinavam. Porém, a certeza definitiva veio após o estágio na Procuradoria do Estado de São Paulo, no último ano de faculdade”, rememora a procuradora do Estado.
Após sua posse, há cerca de três anos, ela trabalhou nos municípios de Naviraí e Dourados. Hoje, atua em Campo Grande e reflete sobre a carreira: “Eu imaginava que atuar como procuradora do Estado me proporcionaria surpresas, desafios e isso me instiga bastante. Poder contribuir para uma administração pública eficiente, auxiliar gestores para a aplicação de investimentos assertivos, contribuir para a prestação de serviços públicos de qualidade, entre tantas outras atribuições, é o que me motiva cada vez mais em atuar na carreira”, finaliza.
Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem um cargo de proveito e honra. Benjamin Franklin
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Foto capa: Reprodução/Internet
Arte: Guido Brey