“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Cora Coralina
A cultura do trabalho é a experiência que você tem, baseada no que você vê, ouve e aprende enquanto trabalha. A pessoa que consegue desenvolver suas habilidades em diversos campos de atuação e se manter motivada, proativa e resolutiva diante das dificuldades, tem grandes chances de progredir na carreira, podendo oferecer ainda um diferencial estratégico no local onde atua… Neste “Inspire-se” vamos conhecer profissionais que retratam um pouco desta realidade.
Ele começou a carreira por meio do incentivo de duas procuradoras do Estado: Maria Sueni de Oliveira e Carina Souza Cardoso. “Na época eu já era servidor público da secretaria de Planejamento e, entre meus afazeres, trabalhava com a parte orçamentária da PGE. Aí elas me avisaram que teria concurso para procurador e me incentivaram a fazê-lo. Eu tinha dois ano de formado e aquele foi meu primeiro grande concurso”, lembra Adalberto Neves Miranda com uma voz tímida e nostálgica ao contar do seu início de carreira.
Para o procurador do Estado o fato de ter conquistado uma vaga significou um novo recomeço. “Na época um rapaz conseguir aprovação em um certame tão concorrido foi ter conquistado um lugar ao sol e, ao mesmo tempo, cuidava diariamente para não me deslumbrar com tudo aquilo. Hoje, após 28 anos, me vejo profissionalmente com a carreira consolidada e sempre com a consciência de gratidão por tudo que já vive na e pela PGE”, narra lisonjeado a sua história.
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De férias, no início da carreira.
Foto: Arquivo pessoal
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Pose para foto oficial.
Foto: Subcom
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No trabalho…
Foto: Divulgacão
Entre as experiências que a PGE proporcionou a ele está o fato de ter ocupado os dois maiores cargos da instituição, durante 12 anos ao todo, sendo o de procurador-Adjunto e o de procurador-Geral. Ao falar sobre os desafios desse período de gestão ele afirma: “Uma das maiores adversidades que o cargo de chefia impõe são os embates, os enfrentamentos ora com os colegas de classe, ora com os gestores do poder constituído seja o próprio Executivo, o Legislativo, o Judiciário, enfim, todas as esferas”, revela, complementando que “foram anos de vivências únicas e para conseguir uma gestão exitosa é necessário muita autonomia, verdade e seriedade”, finaliza.
Já o primeiro contato de Fernando Cesar Caurim Zanele com a PGE foi por meio do estágio voluntário e, posteriormente, renumerado pelo IEL. “Ao todo, foram três anos de muita aprendizagem como estagiário do procurador Nilton Kiyoshi Kurachi. Inclusive, foi ele quem me inspirou e me incentivou a fazer o concurso e ingressar na instituição. Hoje tenho muito orgulho de ser seu colega na PGE”, conta relembrando o início do seu passado profissional.
Sobre a carreira, ele confessa que é entusiasmado com os temas jurídicos públicos envolvidos e com os resultados que a procuratura proporciona para o ente público e para a coletividade. “Ao ver a importância da Advocacia Pública não tive dúvida em escolher a carreira. É um trabalho apaixonante. Ter conhecimento de que, mesmo silenciosamente, o nosso trabalho repercute na vida de todos no Estado é um sentimento muito especial e estimulante no sentido de sempre querer fazer mais e melhor. Posso dizer que construí minha vida desempenhando meu ofício diário na PGE e, por isso, é recompensador poder falar a respeito”, revela.
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Foto oficial de posse com os outros procuradores.
Foto: Arquivo pessoal
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Participação em programa de entrevista.
Foto: Youtube
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Em um momento de descontração.
Foto: Arquivo pessoal
Há 17 anos na instituição, o procurador do Estado tem clara a opinião sobre a função na qual atua. “O procurador do Estado é, acima de tudo, um servidor público. Como o nome já diz, servimos ao público e a ele devemos respeito, transparência, probidade e, principalmente, eficiência. Ser procurador é colocar em prática, da melhor forma, todo o dinamismo e rapidez que a advocacia moderna hoje exige, com entregas de resultado e qualidade”, declara.
Durante a conversa, ele também registrou que é muito grato às diversas oportunidades que a carreira lhe proporcionou para contribuir na área de representação e de gestão como, por exemplo, a presidência da Associação dos Procuradores do Estado de MS (em duas oportunidades), a 1ª vice-presidência e, posteriormente, a secretaria-Geral da Associação Nacional dos Procuradores de Estado e ainda a função de procurador-Geral Adjunto da PGE. “Foram oportunidades importantes para cooperar com o crescimento da carreira e da própria instituição”, finaliza.
Mais uma narrativa sobre a temática é a de Norton Riffel Camatte. Com 31 anos de atuação ele conta um pouquinho de como chegou à PGE. “Sou do Rio Grande do Sul, do município de Passo Fundo, e, desde a faculdade, sempre gostei da Advocacia Pública e pensava em trabalhar em alguma carreira da área. Na época já era estagiário do Ministério Público Estadual. Ao terminar o curso de Direito comecei a advogar e prestar alguns concursos até que passei na Procuradoria-Geral de MS. Ao chegar aqui, tudo era muito incipiente, a nossa instituição estava dando os primeiros passos em sua estruturação, instalações… adequando sua lei orgânica, começando a mostrar sua importância no cenário local”, recorda saudoso.
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Norton com o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche.
Foto: Divulgação
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Selfie no local de trabalho.
Foto: Arquivo pessoal
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Conhecimento nunca é demais.
Foto:Arquivo pessoal
Ainda com muita gana em fazer mais antes da aposentadoria ele revela: “Durante estas três décadas já ocupei diversos cargos dentro da instituição. Desde o meu primeiro dia de posse até hoje, me dedico muito não só às atribuições do cargo, mas também às conquistas da carreira. Já passamos por momentos difíceis, delicados mas acredito muito na nossa categoria. Tanto que, antes de me aposentar, aceitei o desafio de conduzir – pela última vez – a nossa associação e tenho o desafio de conduzir a Aprems com o desejo de aglutinar e elaborar uma nova lei orgânica para adequar nossas prerrogativas e o exercício da representação judicial e extrajudicial da Administração direta e indireta”, afirma completando que tem conhecimento “das imensas dificuldades do momento mas acredito na vontade de contribuir de todos os colegas e, em especial, na participação da diretoria nos imensos desafios que enfrentaremos com as reformas que virão”, conclui.
“A contribuição do meu trabalho pode ser limitada, mas o fato de poder contribuir é o que o torna precioso”. Helen Adams Keller
Foto capa: Wallhere
Arte: Guido Brey