“Há dois tipos de pessoa que vão te dizer que você não pode fazer a diferença neste mundo: as que têm medo de tentar e as que têm medo de que você se dê bem”. Ray Goforth
“Na medida do possível poder ser a diferença do que hoje, infelizmente, muitas vezes, vemos nos meios de comunicação, com tantas notícias tristes, quase que inacreditáveis, é uma inspiração para mim. Tenho consciência que minha participação é pequena dentro do tamanho da máquina pública, mas saber que o que faço, da maneira como defendo a coisa pública, contribui para a construção diária daquilo que acredito e que vai tornar a vida dos mais pobres, dos menos favorecidos, um pouco melhor, é imensamente gratificante para mim”, declara Nilton Kiyoshi Kurachi, procurador do Estado há 22 anos.
Ele conta que escolheu a carreira devido ao seu perfil. “Gosto muito de advogar, mas tinha dificuldade de combinar honorários com clientes ou de cobrar um salário justo para mim nos escritórios de advocacia. Ao mesmo tempo, nunca me vi atuando na magistratura, nunca me vi como um promotor ou um juiz, por exemplo. Então, a Advocacia Pública para mim uniu o útil ao agradável. Hoje tenho uma remuneração estável e consigo defender aquilo que acredito”, pontua.
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Nilton em dia de evento.
Foto: Ascom TCE/MS
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Recebendo homenagem de autoridades.
Foto: Alems
O procurador começou sua carreira no município de Paranaíba de, lá para cá, foram muitas ações defendidas com técnica e paixão sempre com o intuito de fazer a diferença ao próximo. “Ser procurador, defender a coisa pública, melhorar a vidas das pessoas nas áreas como saúde, segurança pública e educação que são a base de uma sociedade traz uma satisfação que não tem preço. Mesmo assim, há muito o que se fazer…”, finaliza.
Samara Magalhães de Carvalho, já atua na área há dez anos e também compartilha com os princípios do colega veterano. “O que me inspirou para escolher minha carreira foi querer fazer a diferença, foi escolher um trabalho que pudesse de alguma forma melhorar a vida do próximo. Sempre quis concurso público e na PGE nós não defendemos ‘só o Estado’ como algumas pessoas dizem, nós defendemos toda a sociedade. A visão de que o público não é de ninguém é uma ilusão. O público é de todos nós e é necessário que alguém defenda isso, defenda o direito da coletividade”, declara a procuradora do Estado.
Ela ainda acrescenta que desde cedo pensava em fazer Direito e, na faculdade, interessou-se mais pelas matérias de Direito Público, como Direito Administrativo e Constitucional, então não teve dúvidas do seu futuro profissional. “Hoje penso que cumpro meu papel como cidadã e ainda tenho o privilégio da possibilidade de defender os interesses da sociedade, do bem de todos que precisa ser preservado e é gratificante esta sensação”, comenta.
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Em Congresso com colegas procuradores.
Foto: Arquivo pessoal
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Debatendo a Advocacia Pública.
Foto:Arquivo pessoal
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Pose para foto.
Foto: Arquivo pessoal
Outra narrativa sobre a temática é de Nathália dos Santos Paes de Barros. Há 15 anos atuando na PGE, ela revela como chegou à instituição. “Sempre gostei de estudar e, além disso, meu avô Wilson e meus pais, Hugo e Lilian Paes de Barros, me incentivaram muito. Então, com o tempo, decidi que queria fazer parte de um cargo que fizesse a diferença para mim, para o próximo, para o mundo. Assim, escolhi o curso de Direito e que iria atuar no serviço público, talvez porque eu tinha uma tia advogada e meus pais eram servidores públicos e eu admirava muito o trabalho e a dedicação de todos eles”, lembra.
Sempre ligada à família, a procuradora do Estado que começou sua carreira no município fronteiriço de Corumbá, faz questão de registrar que não foi fácil, mas que o apoio daqueles que ama foi incontestável para alcançar o sucesso. “No início da faculdade lecionava aulas de Inglês e depois comecei a estagiar na área jurídica. Fiz concursos até conseguir a aprovação. Aí tudo valeu a pena. A presença da minha irmã também fez toda a diferença para mim. Ao assumir o cargo, principalmente por ser mulher e jovem, o início foi desafiador, como eu imaginava. Mas como gostei da carreira, dos colegas e ambiente de trabalho, da matéria, e percebendo que realmente poderia fazer a diferença na vida das pessoas, eu acabei me encontrando na profissão”, afirma.
Hoje já na Capital, diz que é realizada com sua trajetória. “Eu gosto de fazer parte do processo, que é tão significativo mas, às vezes, as pessoas não compreendem nosso papel. Quando defendemos o Estado, devemos entender como a defesa da sociedade, da população. Vejo a PGE como um tesouro escondido, pois além de ser uma carreira linda, multifacetada e gratificante, é indispensável para a coletividade. Ter essa percepção é imprescindível para um procurador do Estado”, pontua.
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Na posse com o avô Wilson; hoje com 101 anos.
Foto: Arquivo pessoal
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Ao lado do noivo, irmã e pais.
Foto: Arquivo pessoal
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Em uma viagem inesquecível com Paulo
Foto: Arquivo pessoal
Para finalizar, Nathália faz questão de reiterar que a carreira lhe proporciona muitas alegrias e que é feliz e afortunada em poder compartilhá-las com quem ama. “Hoje, me preparando para uma nova fase da vida, com meu amado noivo Paulo, meu avô, com 101 anos, meus pais e minha irmã, fazem com que minhas conquistas tenham ainda mais valor. Não posso deixar de citar que a PGE também me trouxe algumas das minhas melhores amizades e que, mesmo não citando nomes, minhas amigas sabem do papel fundamental que têm na minha vida. Sem essas pessoas, não seria o que hoje sou”, menciona.
Nossa última história é a respeito de Márcio André Batista de Arruda. “Passei no vestibular e cursava, ao mesmo tempo, Odontologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Direito na Universidade Católica Dom Bosco. Quando cheguei ao quarto ano de estudos comecei a estagiar no Ministério Público Estadual e percebi que tinha mais afinidade para o Direito. Decidi que queria contribuir com a sociedade, quando a gente é jovem quer mudar o mundo e acreditei que para isso precisava me dedicar mais ao Direito foi quase que uma motivação natural… eu já percebia a importância da PGE como uma carreira de excelência e quando fiz, pela segunda vez o concurso para a instituição obtendo êxito, não tive dúvidas”, conta o atual procurador-Geral Adjunto do Estado do Contencioso, que trabalha na PGE há 15 anos.
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Com a procuradora-Geral do Estado de MS.
Foto: MPMS
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Em evento com as colegas procuradoras.
Foto: Esap
Sobre sua percepção da carreira, ele afirma que acredita ser uma junção de acontecimentos. “Não me arrependo em ter escolhido o Direito. No meu caso, ser procurador para mim é uma conjugação de fatores, ou seja, a realização de um sonho de vida profissional, um encontro vocacional, a possibilidade de exercer aquilo que visava quando jovem…, pois, contribuir e atuar na Administração Pública, na formulação e implementação de políticas públicas, me traz muita satisfação e certeza do acerto da escolha profissional feita”, finaliza.
Estamos aqui para fazer alguma diferença no universo, se não, porquê estar aqui? Steve Jobs
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Foto capa: Wallhere
Arte: Guido Brey